Guia de Boipeba e Moreré

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Guia de Boipeba e Moreré: tudo o que você precisa saber antes de ir

Junte um mar de águas quentes e claras, algumas porções de praias desertas e coqueirais a perder de vista. Acrescente caipiroskas de seriguela e pastéis de lagosta. Isso é Boipeba, o combo das férias perfeitas. Neste post, um guia de Boipeba para te ajudar a organizar a sua viagem.

Reconhecida pela UNESCO como Reserva da Biosfera e Patrimônio da Humanidade, a Ilha de Boipeba, que faz parte do município de Cairu, é um refúgio de paz. Suas praias são cercadas pela Mata Atlântica e protegidas pelos recifes que formam suas agradáveis e fotogênicas piscinas naturais. As pousadas são charmosas, o povo acolhedor, as crianças brincam soltas e há cachorros simpáticos nas ruas, como tínhamos antigamente na cidade. Boipeba é para quem busca relaxar e se conectar com a natureza. A vibe por lá é mansa, com muita brisa do mar, cheiro de moqueca e gosto de caipês de frutas da estação. Um destino para se isolar, ideal para estes tempos estranhos que estamos vivendo. 

Após essa introdução cheia de saudade, vamos ao que interessa. Reunimos neste guia de Boipeba todas as nossas experiências/dicas do que fazer, onde ficar, comer e beber em Boipeba e Moreré. Se organize, coloque a máscara no rosto, o álcool em gel e o protetor solar na mochila e se deixe levar pela vibe desse paraisinho tropical baiano.

o que fazer boipeba

Criamos uma playlist durante a viagem. Clica aqui para ouvir! 🙂

Guia de Boipeba e Moreré: quando ir

Para começar, fuja dos feriados e datas como o réveillon. A estrutura do destino é pequena para a quantidade de turistas que lotam a ilha durante esses períodos. A melhor época para visitar a ilha de Boipeba é entre agosto e o início de dezembro, com temperaturas agradáveis, pouca chuva e os preços da alta estação (que vai do Natal até o Carnaval) ainda não mudaram nos hotéis e restaurantes. O período de chuva fica entre abril e julho.

Guia de Boipeba e Moreré: como chegar

Chegar em Boipeba não é tão difícil quanto parece. Dica: reserve um dia para ir e outro para voltar. Partindo de Salvador, você deverá atravessar de ferry boat para Mar Grande ou Itaparica, depois viajar via terrestre até Valença e de lá seguir em uma lancha rápida para Boipeba. Ou seja, é uma viagem de contemplação.

Por uma questão de comodidade, fechamos o traslado com a Island Tour, que tem um atendimento atencioso via Whatsapp (71) 98324-3800. Dá para reservar direto pelo site ou falando com eles no Whats. Fechamos por R$ 210,00 (por pessoa) cada trecho. No terminal náutico de Salvador, localizado em frente ao Mercado Modelo, encontramos com um funcionário que nos entregou as passagens do ferry boat e nos apresentou ao seu colega que nos acompanhou até Mar Grande, onde nos colocou na van. Em Valença, outro funcionário veio até nós para entregar as passagens para Boipeba. Pode parecer confuso, mas durante o trajeto tudo flui muito bem.

Sobre o tempo de viagem: de Salvador para Mar Grande (50 min), de Mar Grande para Valença (2h30) e de Valença para Boipeba (1h10). Coloque mais 1h entre as trocas de transportes (barco x van x barco).

Total da viagem de ida: 5h30. Na volta, a empresa nos enviou um carro privado para o trecho Valença x Mar Grande (pelo mesmo valor), totalizando 4h de viagem.

Como chegar em Moreré: ao desembarcar no cais de Boipeba, informe-se onde fica o ponto do trator e/ou do quadritáxi. O trator tem horários fixos e custa R$ 20,00 por pessoa. Já o quadritáxi, são vários à disposição por R$ 50,00 o trecho por casal – optamos por eles.

Voo de Salvador para Boipeba: do aeroporto de Salvador até Boipeba são apenas 20 minutos de voo com a Bahia Terra Táxi Aéreo. O valor por pessoa por trecho é de R$ 850 + R$ 30 da taxa de embarque.

Guia de Boipebae Moreré: onde ficar

Quando comecei a pesquisar sobre Boipeba logo me veio uma dúvida: onde ficar, Velha Boipeba ou Moreré? Como relatei no nosso guia de onde ficar em Boipeba e Moreré, vai depender do que você pretende para a sua viagem, se busca agitação ou relax total.

Velha Boipeba é a parte mais movimentada da ilha, há diversas opções de hospedagem, restaurantes, bares, farmácia, mercadinho e é também a área onde vivem os boipebanos. Já Moreré é puro relax, o famoso “sombra e água fresca”. Se tiver vários dias para explorar o destino, poderá dividir os seus dias entre ambas, como fizemos. Ficamos duas noites na Velha Boipeba e seis noites em Moreré. No nosso guia de hospedagem a gente detalha tudo – não deixe de ler.

onde ficar em boipeba

Guia de Boipeba e Moreré: onde comer

Uma das melhores partes da viagem: a gastronomia boipebana. Que lugar maravilhoso para se comer bem é essa Bahia. Moquecas, bobós, frutos do mar grelhados, entre outros pratos fazem parte dos menus dos restaurantes da ilha.

Guia de Boipeba e Moreré: onde comer na Velha Boipeba

Por ser a parte mais movimentada da ilha, é por lá que estão a maioria dos restaurantes. Na beira da praia há bares e restaurantes que funcionam da manhã até o início da noite. No centrinho e nas ruelas também há opções, estas abertas para o jantar. Tivemos apenas uma experiência gastronômica na Velha Boipeba, no Sonize bar & lounge. Ambiente rústico, caipiroska de caju (R$ 18) das boas e do menu saem pratos com frutos do mar, pedimos o arroz de polvo (R$ 80 serve dois), massas e carnes.

Onde comer em Moreré

Anotem esses nomes: Amendoeiras Moreré e Pontal do Bainema – são, para nós, os melhores desta região. Conhecemos o Amendoeiras no primeiro dia da viagem e voltamos lá nos outros sete. Já o Pontal do Bainema, que fica a 1h andando da praia de Moreré, fomos em um dia e voltamos no outro para repetir o prato. Além desses dois fomos no Zen, restaurante do Alizées, e também nos restaurantes das pousadas Coco Bambu e Mangabeira Lodge.

Não fique sem jantar! Em Moreré os restaurantes que existem são praticamente os das pousadas e, para o jantar, todos eles trabalham exclusivamente com reservas.

Amendoeiras Moreré: as melhores experiências gastronômicas da viagem foram aqui. Moqueca, peixe na brasa, lagostas, polvos e o que você imaginar de frutos do mar saem da cozinha da Jaque, cearense que se encantou pelas belezas de Moreré e decidiu empreender na pequena praia em parceria com o Zé, seu marido. Um dos principais pratos do lugar é a magnífica moqueca de camarão (R$ 120) e o peixe assado na brasa (R$ 140) que acompanha baião de dois, banana da terra e vegetais grelhados (sob encomenda), ambos os pratos servem dois. O peixe deles levou o título de melhor prato da viagem. É praia tranquila com comida boa, sombra, água fresca e uma playlist cheia de brasilidades.

Pontal do Bainema: numa esquina banhada pelo azul do mar, o Pontal do Bainema é ponto de parada de alguns barcos que fazem tours vindos de Morro de São Paulo. A caminhada saindo da praia de Moreré leva em média 1h30, que é recompensada por caipirinhas de frutas da estação e o melhor arroz de polvo picante (R$ 110 / serve dois) que você irá comer na vida.

Barraca Moreré: das 9h às 13h a barraca é point da primeira parada dos passeios de barco (contei 12) vindo de Morro de São Paulo. Se quiser aproveitar o ambiente com a tranquilidade, chegue por volta das 13h30. No menu: frutos do mar, caipês e cerveja gelada. A lagosta grelhada (da foto acima) estava mais fotogênica do que saborosa. O melhor da barraca é que ela está localizada na frente de um recife com piscininhas naturais de águas azuis e quentes.

Barrada do Rio Oritibe: lugar simples, com poucas mesas, que oferece aos seus clientes excelentes pastéis (R$ 15) de lagosta, camarão, entre outras opções. Aqui você encontrará além dos melhores pastéis, as melhores caipirinhas (R$ 15) de seriguela, cacau, caju…

Boipeba e Moreré: o que fazer

Volta a ilha de lancha: uma opção para começar a viagem conhecendo os principais atrativos do destino. O tour começa geralmente entre 8h e 9h e tem como primeira parada as piscinas naturais de Moreré. No caminho da segunda parada, Ponta dos Castelhanos, o barco passa por Bainema e por uma região de manguezal. Aqui você decide se almoça em um dos vários restaurantes da Ponta dos Castelhanos ou se espera para comer na próxima parada, o povoado de São Sebastião, também conhecido como Cova da Onça. Para finalizar, a última parada é no povoado de Canavieiras e/ou Tapuias, este último conhecido por ser um ponto de cultivo das ostras. O retorno é por volta das 17h30. Valor médio por pessoa R$ 150. A Jaque, da Amendoiras, nos indicou o Hugo (71) 9334-1493, que faz o passeio privado de volta a ilha por R$ 400,00 para um casal.

Piscinas naturais de Moreré: relaxar em uma das piscininhas formadas pelos recifes é um dos pontos altos da viagem. Para chegar até elas você poderá optar por um passeio de lancha ou, de uma forma fácil e grátis, caminhando até a Barraca Moreré. O ideal é ir na maré mais baixa.

Passeio de quadriciclo: os quadritáxis, que fazem o trajeto Velha Boipeba x Moreré, também fazem passeios. Para se ter uma ideia de valor, de Moreré para Cova da Onça, com parada na Ponta dos Castelhanos, eles cobram R$ 200 por casal.

Explorar a ilha a pé: uma das atividades mais legais de Boipeba é explorar a ilha a pé. No nosso primeiro dia fomos da Velha Boipeba para Moreré a pé (2h). Já em Moreré, fomos dois dias para a região do Pontal do Bainema (1h – 1h30 dependendo do ritmo da caminhada) e dois dias para a região da praia de Cueira (1h), perto da Barrada do Rio Oritibe.

boipeba praias

Passeio de caiaque: o restaurante Pontal do Bainema oferece passeio guiado de caiaque pelas margens do mangue ao seu entorno.

Boipeba: dicas gerais

Se for na alta estação, reserve com bastante antecedência o seu traslado, pousada e, se puder, os passeios.

Não esqueça o básico: protetor solar, chapéu, óculos escuros, repelente.

Na sua bagagem, leve apenas o necessário. Para transportá-la, você poderá contratar o serviço de um carregador com carrinho de mão.

Para emergências, há um pronto socorro na Velha Boipeba. Necessidades mais graves são enviadas para Valença ou Salvador;

Farmácia: Velha Boipeba

Mercadinho: Velha Boipeba e Moreré

Cartões de crédito e débito são geralmente aceitos em pousadas, restaurantes, lojas de passeios, mercadinhos e farmácias.

Bancos e caixa eletrônico: não há. Apenas em Valença. Programe-se para levar dinheiro em espécie.

Se tiver uma lanterna em casa, coloque-a na mala.

Dúvidas? Escreve na caixa de comentários logo abaixo que em breve te responderemos. 😉

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  1. Oi, Átila
    Vou ficar uns 5 dias na Velha Boipeba e quero ir de lá para Barra Grande ou algum lugar lindo e agradável, só pra variar.
    Existe algum barco saindo da Boca da Barra de Boipeba? Qual localidade você recomenda? Prefiro ficar no centrinho, onde há restaurante e opções de passeios.
    Aguardo sua resposta. Obrigada.

  2. Nossa amei!! Eu já estive em Morro algumas vezes e visitei Boipeba apenas com os passeios, mas estou planejando ir para ficar em Boipeba ou Moreré, gostei bastante das suas dicas. Obrigada por compartilha-las.

  3. Olá, Ida! Tudo bem?

    Para ir até Barra Grande, você terá que partir de Valença. Em Boipeba, se você gosta de ficar onde está o “movimento”, a indicação é que fique no centrinho. Já se quiser se isolar, Moreré é a nossa indicação.

  4. Átila!! Que delicia de dicas!!!! Estou me organizando pra ir pra Boipeba e depois de ler esse post, me deu mais vontade ainda!!! Continue compartilhando <3

  5. Olá! Ótimo post, super completo! Uma dúvida. Se eu me hospedar em Moreré, tem como me deslocar para boipeba a noite para jantar e frequentar o centrinho?

  6. Olá, Gustavo! A única forma de realizar esse trajeto a noite seria de quadriciclo. Indico que, ao chegar, você se dirija até a associação dos quadriciclos ali no centrinho de Moreré e pergunte como eles podem ajudá-lo. Abs!

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